sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Espaços Literários em Salvador


Espaço Cultural e Livraria Café Cogito
Localizado no Shopping Colonial, Barris, em frente à Biblioteca Central da Bahia, o empreendimento tem o objetivo de ser uma nova alternativa de espaço para realização de debates e reflexões sobre temas relacionados à arte, literatura, cultura, filosofia e educação.
Rua General Labatut, 137, Barris. Telefone: 3013-8991

Livraria Tom do Saber
Em um ambiente anexo ao restaurante Tom do Sabor, e com portas abertas para ele, funciona a livraria Tom do Saber, que possui um selecionado catálogo de livros com ênfase em literatura, estética, história, sociologia, filosofia, antropologia, ciência política, cinema, teatro, dança e gastronomia
Rua João Gomes, 249 – Rio Vermelho

Saraiva Mega Store do Shopping Salvador
confira a programação: http://www.saraivaconteudo.com.br/Blog.aspx?filtro=3

Redes Sociais - Orkut e Facebook - a nova onda na vida de estudantes de toda idade!



O Orkut e o Facebook apresentam para a educação a oportunidade de entrar em um campo cheio de informações e de atingir a maioria dos adolescentes e jovens.

O Orkut e o Facebook são, antes de tudo, softwares criados para relacionamento, interação, colaboração e troca de ideias e devemos estar atentos a esses princípios quando resolvemos conhecê-los mais de perto e investir neles. Basicamente o trabalho com os dois são o mesmo, só que existem possibilidades dentro de um que não existem no outro, como postar fotos dentro dos grupos de discussão, ou das páginas temáticas, como o Facebook por exemplo, ferramenta que o Orkut ainda não possui.
Desses, o mais conhecido e utilizado no Brasil é o Orkut, por isso caso a escola resolva investir nessas redes sociais, melhor que o faça nele para depois tentar o Facebook.
Essas redes sociais apresentam ferramentas como grupos de discussão (ou comunidades) com diversos temas educacionais. Por exemplo, na rede social Orkut encontra-se mais de mil comunidades sobre Matemática. Dentre elas, está a chamada “Eu amo matemática”, em que existem mais de 90 mil membros, com tópicos de discussão que giram em torno da resolução e explicação de teorias e problemas matemáticos. Os membros postam suas dúvidas e são auxiliados por professores e alunos que gostam e entendem da disciplina.
Visto desse ângulo, muito dos conteúdos expostos nessas redes sociais são os mesmos tratados em sala de aula, porém, nelas, os conteúdos são tratados de maneira colaborativa, pois tanto alunos como professores podem dar suas opiniões e apresentar suas dúvidas sem medo e com a certeza de que serão ajudados.
Outra ferramenta são os APPS, aplicativos produzidos por empresas, que podem ser adicionados aos perfis dos usuários e muitos deles podem ser utilizados por grupos. Existem jogos disponíveis nessas redes que envolvem cálculo matemático e exigem boa comunicação. Esses aplicativos podem ser utilizados em sala de aula para ajudar a explicar alguns conceitos como cálculo, tipo de escrita, conhecimentos gerais, inclusive História e Geografia.
Um dos aplicativos mais acessados atualmente na rede Orkut é o “Colheita feliz”. Nele, o jogador pode ter uma fazenda de verdade, invadir a fazenda de seus amigos para “roubar” frutos ou ajudá-los a manter a plantação livre de pestes e pragas. Pode, ainda, comprar novas terras e aumentar sua plantação. Se o professor estiver disposto a conhecer o aplicativo, pode explorar muitos conceitos, dentro do programa, que são trabalhados em aula e ainda vai contar com o interesse dos seus alunos em sala.
O Orkut é um dos ambientes virtuais mais acessados hoje por esses jovens e até mesmo por crianças e embora seja “proibido” e discutível a participação de menores nos sites de relacionamento, o fato é que eles estão lá, on-line, nessas redes sociais.
Se o professor não conseguir compartilhar com os alunos a mesma cultura, não consegue estabelecer um diálogo. Precisam se integrar a essa realidade porque os desafios são numerosos e constantes; é essencial apropriar-se da funcionalidade e da essência dos objetos e ambientes virtuais de aprendizagem, aproveitar da vivência e experiência dos alunos com os diversos softwares para incorporar a cultura digital e virtual e aprimorar a sua prática.
A escola e ou outras instituições voltadas à Educação necessitam permear os processos de ensino e aprendizagem desses recursos midiáticos. O trabalho com as tecnologias precisa ser em equipe, porque se apenas um professor responder pelo conhecimento do processo e da mídia, os outros tendem a se desinteressar pelo assunto.
Nesse ambiente virtual tem-se a possibilidade de criar perfis ou comunidades para se aproximar mais de seu público-alvo, mas deve-se tomar cuidado e ter sempre alguém atento a esse aspecto para que não sejam postados assuntos que possam denegrir a imagem da instituição. A escola deve também criar uma comunidade adequada ao público que quer atingir. Se for para público jovem, deve manter a comunidade ativa e com notícias e desafios que interessem a esses jovens. Se for para os pais, a mesma abordagem, ou seja, os assuntos devem ser de interesse para eles. É importante lembrar que esse é um espaço de colaboração e discussão, então, caso a instituição não esteja disposta a ouvir e responder aos tópicos de discussão, pode criar uma ferramenta contra e não a favor.
Além de aproveitar os grupos de discussão e os aplicativos já existentes, os professores podem criar comunidades próprias para suas turmas com temas relacionados à sua disciplina, ou à comunidade de uma determinada turma, ou até mesmo da escola. Nesta, podem ser postadas dúvidas e colaborações sobre os temas expostos em sala de aula, o que só funcionará bem se o professor direcionar o uso dos meios de comunicação, criar regras de utilização e estiver disposto a acompanhar de perto o andamento da comunidade.
É conveniente, mesmo sendo uma comunidade moderada - na qual os membros podem ser ou não aceitos pelo moderador -, que outras pessoas com interesse nos mesmos assuntos possam entrar e discutir com a turma. Esse processo aumenta a vontade de colaboração e de exposição de ideias, pois eles percebem a curiosidade e o empenho não só dos colegas, mas de pessoas desconhecidas e podem se sentir mais motivados a interagir. E também por esse motivo, a presença do professor responsável é importantíssima para filtrar pessoas com más intenções e afins...
As pessoas, de maneira geral, gostam de se sentir úteis e de transmitir os conhecimentos que possuem e a Web hoje é o grande meio para isso. Vamos começar?

Quer saber mais sobre as redes sociais Facebook e Orkut? Acesse:
. Acesso em: 30. mar. 2010.
. Acesso em: 30. mar. 2010.
Quer saber mais sobre as principais diferenças entre Orkut e Facebook? Acesse:
. Acesso em: 31. mar. 2010.

Fonte: http://www.editorapositivo.com.br/editora-positivo/professores-e-coordenadores/para-sala-de-aula/tecnologia-educacional/leitura.html?newsID=e9d50d1f117340afa7a1486521c7927b

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O que você acha: o iPad e o Kindle vão matar o livro impresso?


No Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2008, um especialista fez conjecturas sombrias sobre os principais acontecimentos dos próximos 15 anos no mundo. Um deles é o fim do livro.
O escritor Umberto Eco e o roteirista francês Jean-Claude Carrière refletem a respeito do futuro do livro
Um dos principais roteiristas de cinema da atualidade, o francês Jean-Claude Carrière – parceiro freqüente do diretor Luis Buñuel (“Esse obscuro objeto de desejo”) – parte desse ponto para refletir com o escritor italiano Umberto Eco (“O nome da rosa”) e o jornalista Jean-Philippe de Tonnac sobre o que a revolução tecnológica reserva para esta que é essa uma das maiores aventuras humanas: o livro.
Com os leitores de livros eletrônicos e os tablets – especialmente o Kindle, iPad e similares -, o livro impresso está fadado à extinção?, perguntam-se Carrière e Eco, também bibliófilos e amantes da palavra escrita.
Passeio pela cultura
Provocadora, a questão permeia silenciosamente a conversa entre eles em “Não contem com o fim do livro” (Editora Record), mas não é a principal preocupação deles. É antes um pretexto para uma viagem pela história do livro e da cultura ao longo dos séculos.
Mediados por Tonnac, Eco e Carrière valem-se das interrogações diante do futuro do livro impresso para, primeiro, reiterarem a certeza da sobrevivência de uma invenção que sobreviveu à Inquisição e outras fogueiras. E – aqui está a meu ver o grande achado dos diálogos entre Eco e Carrière – uma reflexão sobre as escolhas que a civilização fez a respeito de sua própria memória, ou seja, as razões que levaram o homem a preservar para a posteridade certos livros e autores em detrimento de outros e, assim, perpetuar uma certa visão de si mesmo.
Para eles, a cultura é, nesse sentido, tudo aquilo que ficou, em substituição ao que foi lançado no esquecimento. Numa época marcada pela revolução tecnológica e transformações profundas no comportamento da sociedade, não deveríamos nos fazer a mesma pergunta?

Livro eletrônico
É preciso alertar que “Não contem com o fim do livro” é uma homenagem ao livro sem com isso renegar os avanços tecnológicos, que nem Eco nem Carrière negam ou atacam. Articulador das conversas entre os dois intelectuais, o jornalista Tonnac resume bem o pensamento dos dois intelectuais sobre a questão:
“…se o livro eletrônico terminar por se impor ao livro impresso, há poucas razões para seja capaz de tirá-lo de nossas casas e de nossos hábitos; o e-book não matará o livro – como Gutenberg
(criador da forma moderna de impressão e responsável pela publicação do primeiro livro da história, a Bíblia ) e sua genial invenção não suprimiram de um dia para o outro o uso dos códices, nem este, o comércio dos rolos de papiros…”
“O filme matou o quadro? A televisão, o cinema? Boas-vindas às pranchetas e periféricos de leitura que nos dão acesso, através de uma única tela, à biblioteca universal doravante digitalizada”, escreve Tonnac no prefácio.
A finalidade das conversas entre Jean-Claude Carrière e Umberto Eco não era instituir sobre a natureza das transformações e perturbações talvez anunciadas pela adoção em grande escala (ou não) do livro eletrônico. Suas experiências de bibliófilos – colecionadores de livros
raros e antigos, pesquisadores e farejadores de incunábulos – os faz antes aqui considerar o livro , como a roda, uma espécie de perfeição insuperável da ordem do imaginário”, argumenta Tonnac.
Veja abaixo um pouco mais sobre o que Carrière e Eco pensam sobre internet, livros eletrônicos e escavações literárias ao redor do mundo.
Carrière: “…a questão a saber é se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter conseqüências, para a humanidade, análogas às da escassez de prevista da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível.”
Eco: “Na realidade, há muito pouca a dizer sobre o assunto. Com a Internet, voltamos à Era alfabética. Se um dia acreditamos ter entrado na civilização das imagens, eis que o computador nos reintroduz na galáxia de Gutenberg, e doravante todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é preciso um suporte. Esse suporte não pode ser apenas o computador. Passe duas horas lendo um romance diante de um computador, e seus olhos viram bolas de tênis”.
Carrière: “…nunca tivemos tanta necessidade de ler e escrever quanto em nossos dias. Não podemos utilizar um computador se não soubermos escrever e ler. E, inclusive de maneira mais complexa que antigamente, pois integramos novos signos, novas chaves. Nosso alfabeto expandiu-se” .
Eco: “Continuo simplesmente a me perguntar se, mesmo com a tecnologia mais bem adaptadas às exigências da leitura, será viável ler Guerra e Paz (Leon Tolstói) num e-book. Veremos. Em todo caso, não poderemos mais ler os Tolstói e todos os livros impressos na pasta de papel, pura e simplesmente porque eles já começam a se desfazer em nossas estantes. Os livros da Gallimard e da Vrin dos anos 1950 já desapareceram em grande parte.”
Carrière: “Quando surgiu o DVD, achamos que tínhamos finalmente a soluçãoideal que resolveria para sempre nossos problemas de armazenamento e acessibilidade (…) Nada disso. Agora nos anunciam discos num formato mais reduzido, que exige a aquisição de novos aparelhos de leitura, e que poderão conter, como no caso do e-book, um número considerável de filmes. Os bons e velhos DVDs serão jogados às traças, a não ser que conservemos velhos aparelhos que nos permitam projeta-los”.
Eco: “A aceleração contribui para a extinção da memória. Este é provavelmente um dos problemas mais espinhosos de nossa civilização (…) inventamos diversos instrumentos para salvaguardar a memória, todas as formas de registro, de
possibilidades de transportar o saber – é provavelmente uma vantagem em relação à época em que era necessário recorrer a mnemotécnicas, as técnicas para lembrar, pura e simplesmente
porque não era possível ter à sua disposição tudo o que convinha saber.”
E você, o que acha? Os leitores de livros eletrônicos e os tablets são uma ameaça ou aliados do livro? De que maneira as novas plataformas de leitura podem mudar a forma como nos relacionamos com o conteúdo escrito? Podem ser um estímulo a mais para que as novas gerações adquiram o prazer da leitura? Leremos mais? Menos? Leremos?
http://idgnow.uol.com.br/blog/navedigital/2010/08/04/conversas-sobre-ipad-kindle-e-o-possivel-fim-do-livro/